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Black Belt Guilherme Correa
Dennis Jiu-Jitsu Club Team
22/06/2018

Edenilson Lima e Guilherme Correa Quem inicia em qualquer modalidade esportiva sabe, pouco pensamos no futuro, sempre temos um olhar mais imediato, pensando em emagrecer, fortalecer, fugir do stress e etc. Mas depois que nos envolvemos, começamos a enxergar de forma diferente, o que era lazer se torna estilo de vida, algo que não queremos que acabe nunca!

Assim aconteceu com José Guilherme Correa(27), engenheiro civil e empresário, que aos 19 anos entrou de cabeça numa trajetória admirável no Jiu-Jitsu e recentemente alcançou um novo patamar na arte suave, foi agraciado com a tão admirada Faixa Preta!

Quem convive com o atleta, fora dos tatames, seja na Crossfiteria, sua loja de artigos e vestuário para CrossFit, seja nos treinos de CrossFit, ou no dia-a-dia, já percebe que é um cara diferenciado, autêntico e muito centrado.

Gui Correa, como é mais conhecido nos tatames, iniciou como muitos, por curiosidade, sem saber ao certo onde isso poderia levá-lo e já na primeira aula percebeu que era aquilo que queria para o resto da sua vida. Sedento em aprender, da faixa branca à roxa, foi aluno do Mestre Rui Venâncio, da Dojo Fight Club, grande amigo e que alimenta uma forte consideração, admiração e eterna gratidão!

A evolução no esporte foi trazendo novas amizades e contato com os principais campeonatos e atletas do país. Neste momento passou a integrar sua atual equipe Centro de Treinamento Maringá – DJJC, uma das principais equipes do Sul do Brasil, para poder treinar todos os dias com Will da Cruz e Jonathan Rossi (He-Man), atletas que naquele momento eram os grandes expoentes do esporte. Era uma oportunidade de aprimorar a técnica e continuar a alcançar patamares cada vez mais altos no Jiu-Jitsu.

Recebido de braços abertos na equipe pelo Mestre Edenilson Lima, o Dennis, Gui hoje almeja a faixa preta com orgulho, uma satisfação indescritível não apenas para o atleta, mas também para o Mestre que concede esta honraria.

Com discursos acalorados durante as graduações da sua equipe, principalmente quando um aluno recebe a “Black Belt”, sobre o atleta desta matéria, Mestre Dennis é enfático: “É a prova de amadurecimento! Bom de Jiu-Jitsu temos muitos por aí, mas como parceiro, como amigo e como pessoa nele eu deposito a minha confiança. É muito mais difícil alcançar esta graduação do que ganhar os principais campeonatos do mundo! A faixa preta é aquele atleta faixa branca que não desistiu, que enfrentou as dificuldades e não perdeu o foco! Tenho muitos pontos positivos a apontar pra ele e o que mais valeu pra ele conquistar esta faixa preta foi a lealdade à equipe. Se manteve firme em todos os momentos, sempre nos honrou! Responsável e maduro quando está competindo, mas também quando está treinando! A gente vê a satisfação dele em poder ajudar um parceiro durante o treino, por isso ele evoluiu tão rápido. Poder fazer parte da caminhada deste atleta é algo imensurável Ele pode contar comigo sempre!”. Relata emocionado o mestre que tem mais de 15 anos como professor e 22 como atleta.

José Guilherme já participou dos mais importantes campeonatos no Brasil e no Mundo, sempre na CBJJ, lutou diversas vezes o Brasileiro e Sul-americano, participou duas vezes no Mundial de Jiu-Jitsu na Califórnia e o Campeonato Europeu em Lisboa. Para se preparar para estes campeonatos, o atleta procura treinar todos os dias sem falhas, atento a todas as técnicas não perde um rola no treino de kimono e sem kimono, sempre disposto a afinar a técnica de forma incansável.

Quando José Guilherme é questionado como se enxerga no Jiu-Jitsu destaca: “Sou um apaixonado! Com certeza. Perguntaram a mesma coisa a Clarice Lispector e ela respondeu: sou amadora porque faço por amor. Acho isso genial e digo o mesmo. Admiro os atletas que abrem mão de tantas coisas em nome do esporte, são verdadeiros guerreiros! Mas eu vejo o Jiu como um expressão artística de certo modo. Sofri muito, mas tudo com prazer. Minha sentença é ambígua, mas é isso mesmo. A Arte é ambivalente. Na faixa azul e roxa lutava ao menos dois campeonatos por mês, viajei muito, vi muitos amigos desistirem e se perderem, fiz amizades que carrego até hoje comigo. Lutei contra muitos atletas que hoje estão na elite da faixa preta. Sai de uma equipe com muita dor no peito, entrei em outra onde fiz novas amizades e encontrei o amor da minha vida nos tatames. Sou grato por Deus me permitir viver cada momento.” Comenta.

Ao analisar toda a trajetória ao longo destes oito anos dentre os inúmeros momentos marcantes, destaca um dos mais memoráveis: “Foi no mundial de 2016, eu estava na área de aquecimento esperando minha luta e assistindo a luta na Ana Clara, minha noiva. Ela ganhou e passou para a semifinal, ela saiu do tatame e correu até mim, me abraçou chorando. Aquilo representou muita coisa para mim, pude perceber que tem coisas que só o esporte pode te dar. O esporte me ensina a vibrar com a vitória do outro também, isso me marcou muito!”

E para finalizar pedimos um conselho de um faixa preta para quem está na caminhada: “Acredito que se essa pessoa que está na pegada, está treinando regularmente mesmo com família e responsabilidades, ela não precisa de um conselho meu. Ela já sabe que o jiu-jitsu vale por si mesmo, o gosto por colocar o kimono fala por si. Não só o Jiu-Jitsu, mas o esporte muda a vida das pessoas para melhor. Eu nunca vi uma pessoa que me dissesse que a vida piorou depois que começou a praticar um esporte, sobre tudo o Jiu.

Abusando dos clichês, Jiu-Jitsu é um estilo de vida. No tatame encontramos engenheiros, médicos, advogados, atendente de supermercado. Quando colocamos o kimono, falamos a mesma língua, estamos empenhados no mesmo objetivo. Seja um atleta profissional ou amador, praticante ou apenas simpatizante, você pode encarar o esporte das mais variadas formas, que sem dúvidas o esporte te transforma!” Finaliza José Guilherme.

fonte http://www.treinomagazine.com.br/2018/05/25/gui-correa-faixa-preta-bjj/
Treino Magazine website
matéria Sidney Filho